sexta-feira, 19 de março de 2010
Brasil é o 5º país do mundo em mortes no trânsito
O Brasil tem o quinto maior número de mortes no trânsito no mundo. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS) que nesta semana publica o maior estudo já realizado sobre o impacto dos acidentes de carros para a saúde. Hoje, os acidentes nas estradas já são a décima maior causa de mortes no mundo. Para que pudesse comparar todos os países, a OMS se utilizou os últimos dados disponíveis, que são de 2009.
No caso do Brasil, as mortes chegaram a 35,1 mil naquele ano. Em termos absolutos, o número só perde para as mortes em quatro outros países.Segundo a OMS, os acidentes de trânsito matam 1,2 milhão de pessoas por ano, e metade delas não estava sequer de carro. São pedestres, ciclistas e motociclistas. Cerca de 584 mil pedestres e ciclistas morrem por ano, 46% do total das mortes. No Sudeste Asiático, 80% das mortes no trânsito envolvem pessoas que sequer têm um carro. Entre as pessoas de 10 a 24 anos, os acidentes hoje são a principal causa de morte no mundo. No total, 50 milhões de pessoas ainda sofrem algum tipo de acidente de trânsito, mas sobrevivem.
A OMS alerta que um dos problemas é a construção de casas e favelas às margens de estradas nos países mais pobres. Para os especialistas, o que preocupa é que o número de acidentes continua crescendo nos países emergentes. Diante do aumento da renda nesses países, o número de carros também aumentou. Mas não necessariamente os dispositivos de segurança.
Nos países ricos, a taxa de mortes está estável. Mas, nos países em desenvolvimento, a história é outra. "90% dos acidentes ocorrem nesses países mais pobres, mesmo que essas economias tenham metade dos carros que circulam no mundo", afirmou Etienne Krug, diretor do Departamento de Violência da OMS. Se o ritmo de crescimento das mortes for mantida como nos últimos dez anos, o mundo contará com 2,4 milhões de mortes por ano em 2030.
Um dos alertas é que apenas 15% dos 178 países avaliados tem uma legislação completa em relação ao trânsito, incluindo limites alcoólicos, limites de velocidade dentro de cidades e obrigatoriedade no uso de capacetes. O problema é que, mesmo nos países onde existem as leis, seu cumprimento é falho. Menos de 60% dos países tem leis que exigem o cinto de segurança para todos os passageiros. Entre os países mais pobres a taxa é de apenas 38%.
Menos da metade dos países tem o índice recomendado para a concentração de bebidas alcoólicas no sangue, de 0,05 gramas por decilitro. Em termos percentuais, o maior índice de acidentes está no Leste do Mediterrâneo e nos países africanos. As menores taxas estão na Holanda, Suécia e Reino Unido
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Olá, Suellen,
ResponderExcluirÉ uma triste estatística, mas que infelizmente é fácil de entendê-la. Acredito que seja uma somatória de impunidade (principalmente), vias públicas de péssima qualidade e facilidade para se conseguir a CNH, que grande parte "compra", não adquire... Vai levar muito tempo pra mudarmos isso...
Beijos
Su,
ResponderExcluirÉ terrível mesmo essas estatísticas, e ver esses dois vídeos me encheu de triateza, pois lembrei da minha filhota, que também teve sua vida ceifada na BR 101, quando seu carro colidiu com um outro automóvel que vinha na direção contrária.
Parabéns pela postage de alerta.
Bjs.
Ro.
Olá Suelen!
ResponderExcluirEsse números são alarmantes, os governates precisão estar mais atentos e criar leis eficientes para nossa proteção.
Abraço!
Olá amiga Suelen!
ResponderExcluirSão números preocupantes mesmo!
É preciso educar os motoristas, punir os infratores (de verdade) e melhorar nossas estradas.
Excelente postagem amiga.
Forte abraço, Fernandez.
Olá Suelen,
ResponderExcluirParabéns pelo tema, é algo sério e muito atual.
Creio que o valor da vida é a chave para diminuir a mortandade neste setor.
Acredito que se cada motorista fosse responsabilizado pelo que faz com o veículo, o número de mortes diminuiria muito.
Exemplo:
Atropelamentos con ou sem morte = cassação imediata da carteira até que se apurem os fatos... e se com morte e culpa do motorista, cassação definitiva sem apelação.
Muitos vão reclamar, mas observe, somente os potenciais assassinos. Se o risco for imenso em "perder a carteira para sempre", os motoristas vão deixar de dizer "não tive tempo de ver". Eu dirijo a quase 35 anos... sempre que vejo um pedestre, diminuo a veloicidade a ponto de ouvir "desaforos" dos maus motoristas... em especial no caso das crianças, a gente tem de previnir. Graças a Deus, só me bateram e sai da rua (para não passar por cima de um idiota como esse do video. quebrando a suspensão), mas nunca passei nem perto de ferir alguém... não faço parte da estatística brasileira... experimente dirigir na Alemanha e vai entender.
Antigamente havia uma regra na liberação de carteiras... dizia-se que "atras de cada bola vem uma criança". Hoje, em frente a escolas ou a aglomerações de pessoas como na descida de passageiros do transporte coletivo, vemos motoristas que além de não diminuirem a marcha...ainda aceleram... é a certeza da impunidade que produz este cenário. A culpa? Da sociedade que não valoriza o principal... a vida!
Deveriam se seguir a esta regra os acidentes por imperícia e imprudência... deve-se criar um medo no motorista, um verdadeiro "pavor" em fazer dano a outrem, pois só assim, quando ele tiver medo de algo sério que venha a lhe acontecer, dirigirá com maior atenção.
O Brasil não precisa de mais motoristas... eles estão sobrando. Precisamos é de mais vidas poupadas pela carnificina do trânsito... vamos filtrar e deixar só os melhores com "autorização".