terça-feira, 25 de maio de 2010

O DESCASO NA SAUDE PUBLICA



“Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá”, já dizia Gonçalves Dias em um dos seus famosos versos românticos onde demonstra sua imensa admiração pela paisagem do nosso país um lugar tão belo, mas com tantos problemas onde um dos principais é a precariedade da saúde pública, o caos no atendimento da população de baixa renda, com equipamentos sucateados ou inexistentes e a escassez de medicamentos, que fazem parte da realidade dos hospitais brasileiro. Será que só porque e público e para atender a população carente, não faz parte do Plano de Governo como prioridade? O que presenciamos constantemente em relação à saúde publica no Brasil, são pessoas morrendo dentro dos hospitais, por falta de socorro médico, leitos insuficientes para atender a tanta demanda e até escassez de material de consumo para proteger a saúde da população. Esta é uma dura realidade que coloca em suspeição a eficiência e eficácia do SUS (Sistema Único de Saúde). A situação fica ainda pior com a super lotação dos hospitais do interior dos estados, com condições precárias bem piores do que nas capitais, acabam por transferir para leitos hospitalares das cidades que mal possuem abrigo para a demanda já existente e com isso acabam provocando aglomeração nos corredores com macas improvisadas (a maioria das vezes nem isso se encontra), a espera de um atendimento. Médicos são injustamente responsabilizados pela má condição de atendimento, mas estes são obrigados a acumular uma carga horária exaustiva acumulando vários empregos para poderem viver dignamente e recompensar o investimento na sua formação. Formação, diga-se de passagem, que só apresenta “status”, pois se eles fossem remunerados pela responsabilidade de seu trabalho não necessitariam ter uma carga horária tão grande e a qualidade de seu atendimento para o público carente não estaria como se encontra. E ainda são obrigados a atender pacientes com falta de medicamentos, equipamentos precários que não benefeciamo número de usuários que é maior do que o hospital pode suportar. A política de governo aplicada para a saúde pública no país, pelo atual presidente e pelos governadores de estados, é de total “descaso”, pois investir em “SAÚDE” e “EDUCAÇÃO de “QUALIDADE” não atrai votos no período eleitoral. E muitos alimentam a cultura que basta distribuir alguns sacos de cimentos e alguns blocos para a construção de um “puxadinho” que não sai tão caro se manter a promessa de saúde e educação de qualidade. O Brasil é o segundo país em que o cidadão é obrigado a pagar mais impostos do que os outros países desenvolvidos, (o primeiro é a Suíça, mas neste país a carga tributaria elevadíssima dá retorno para o cidadão tanto em saúde como em educação de qualidade o que propicia a ele não recorrer ao atendimento privado), a diferença é que nos países de “Primeiro Mundo”, esse de tipo de problema não existe . Isto tem contribuído para o aumento do caos da saúde pública. As autoridades competentesalegam constantemente que não há recursos, mas sabe-se que é mesmo falta de interesse, pois verbas altíssimas são repassadas para os estados (como forma de se fazer alianças para aprovação de projetos do governo federal e que acaba contribuindo para o desvio dessas verbas para benefícios próprios), dizendo-se que são para projetos de governo para beneficiar a população. Só não existe recurso para atender às necessidades da população pobre. Para a corrupção, tem-se de sobra. Falta de leitos nos atendimentos de emergência, de vagas para quem necessita de internamento, falta de medicamentos além de equipamentos hospitalares sucateados aliados ao péssimo controle da vigilância sanitária que ocasionaa ma higienização e consequentemente acaba sendo principal fator para grande proliferação de bactérias que provocam infecção generalizada e levam muitos pacientes a óbito. E os órgãos responsáveis não têm tomado nenhuma providencia para que isso tenha fim. Aproveitando-se dos clamores da população que chega à beira do desespero nas portas dos hospitais públicos das cidades, muitos programas populares servindo-se do apelo da população divulgam a situação inicialmente apenas para manter a “audiência”, mas não cobram dos governantes de maneira constante a resolução dessa problemática. Na semana passada, com a greve dos médicos, pacientes gemiam com dores sem atendimento dentro do Hospital Regional. E até mesmo foi presenciado um paciente com o crânio exposto, ensangüentado, morrendo sem atendimento, em um piso frio do corredor daquele hospital. A voz de quem sofre com o apagão da saúde pública a de ser mais forte que dos cansados que sofreram com o apagão aéreo . Os necessitadosda saúde estão cansados, mas não têm a quem recorrer, e ainda tem que batalhar todo o dia pra conseguir mais uma consulta. Diante desta realidade - que não é vista como novidade, mas como um problema que já se tornou crônico e exige solução rápida - quem mais sofre é a população carente, que depende exclusivamente dos serviços do SUS (Sistema Único de Saúde). Ladsson Delon

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