quinta-feira, 29 de abril de 2010

REFRAO DE BOLERO




Eu que falei: Nem pensar
Agora eu me arrependo
Roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão...

Mas eu falei
nem pensar
Coração na mão
Como o refrão de bolero
Eu fui sincero
Como não se pode ser...

E um erro assim, tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E quando acaba a bebedeira
Ele consegue nos achar...
Num bar!

Com um vinho barato
Um cigarro no cinzeiro
E uma cara embriagada
No espelho do banheiro...

Teus lábios são labirintos
Que atraem os meus
Instintos mais sacanas
o teu olhar sempre distante
sempre me engana
Eu entro sempre na tua dança de cigana ....

Eu que falei
Nem pensar
Agora me arrependo
Roendo as unhas
Frágeis testemunhas de um crime sem perdão

Mas eu falei sem pensar
Coração na mão
Como o refãro de um bolero
Eu fui sincero como não se pode ser

Teus lábios são labirintos
Que atraem os meus
Instintos mais sacanas
o teu olhar sempre me engana
É o fim do mundo todo dia da semana.

3 comentários:

  1. Amiga Letícia
    É nesses textos simples do cotidiano que estão as grandes verdades da vida. Como compositor, aprecio todas formas de manifestações poéticas, ainda que no dicionário dos mais apoteóticos a descrição pura das coisas do dia a dia seja rolutada de braga.
    Parabéns por essa postagem. Gostei.
    Fraterno Beijo
    Lino Tavares

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  2. Simplesmente Show. Nao posso dizer que leio todas as indicaçoes, mas tento. E nessas horas, paro com certeza para apreciar alguém que também se lembre dos aureos (musicalmente) anos 80/90. Parabéns. (já li outros post seus mas este tinha de comentar.)

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