sábado, 30 de janeiro de 2010

VIOLENCIA NAS ESCOLAS,NAO MATE AULA MATE O PROFESSOR





“Quando a criança e o adolescente se tornam uma ameaça, é sinal de que esta sociedade atravessa uma profunda decadência” (CESARE De La ROCA).

Este título, embora radical, violento e chocante, explicita uma realidade, de fato menos freqüente, e mais imensamente intensa no campo do simbólico. Sim, é verdade, “mata-se” professor cotidianamente. Segundo Ferrari e Araújo (2005) esta mensagem, bastante atual, estava estampada na camiseta de um adolescente, numa feira livre de artesanato em Belo Horizonte-BH, no ano de 2002. Falar desse “assassinato” é trazer à tona alguns segmentos diretamente ligados ao professor: o alunado e a instituição escola. E nesse contexto do magistério que o docente constrói, se constrói, consome e é consumido, num ofício marcado pela contradição do seu valor e sitiado pelas fantasias e projeções. O professor é o catalisador do qual se espera dê conta das inquietações, das angústias flutuantes do espaço educacional e das infiltrações do mal-estar social. O presente texto pretende fazer algumas incursões e articulações nesse universo, cujas mazelas estão presentes nas suas mais diversas formas e intensidades em quase todos os cenários dos ensinos de nível fundamental, médio e superior.

O sistema escolar esboça uma representação capitalista. A avaliação do aluno é traduzida em nota (simbolismo de dinheiro), se estuda matérias (que pode ser o metal ouro, latão, etc.) ou disciplina (que lembra regime militar, que enquadra, obriga). Por sua vez, as matérias ou disciplinas compõem a grade (simbolismo de prisão) curricular. Para Nóvoa (2008, p.231), “é importante que se caminhe para a promoção da organização de espaços de aprendizagem entre os pares, de trocas e de partilhas”. Mas, esse modelo em voga estimula o consumismo (as notas altas estão associadas a saber mais, e alguns alunos ficam vaidosos de tê-las mesmo quando não corresponda a sua aprendizagem, ou que tenham obtidas por meios escusos), a rivalidade e a competição entre grupos (a exemplo da luta de classe social). Assim, os termos que definem a escola não remetem à idéia de um lugar onde se constrói o saber e o “saboreia” na sua socialização. Mas, a um ambiente que a priori não é o ideal de vida solidária. Como diz Maturana (2006, p.110) “não existe o fenômeno da competição sadia. A competição é sempre, constitutivamente, anti-social”.

2 comentários:

  1. Coisa revoltante ver uma cena dessa com pessoas que sairan de casa em busca de eduação.(suponho)
    Inaceitável a postura de uma mãe incentivando a briga.
    Infelismente a sociedade está se degradando.

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  2. muito seruo isso ai veio ,,as coisas so tenden a piorar ,abraços boa materia hen

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