Só por hoje eu não quero mais chorar Só por hoje eu espero conseguir Aceitar o que passou o que virá Só por hoje vou me lembrar que sou feliz Hoje já sei que sou tudo que preciso ser Não preciso me desculpar e nem te convencer O mundo é radical Não sei onde estou indo Só sei que não estou perdido Aprendi a viver um dia de cada vez Só por hoje eu não vou me machucar Só por hoje eu não quero me esquecer Que há algumas pouco vinte quatro horas Quase joguei a minha vida inteira fora
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Oncoplástica mamária restaura o seio após retirada de câncer
O diagnóstico de câncer de mama, o segundo tipo mais frequente da doença, respondendo por 22% dos novos casos por ano, por si só já é um baque para a mulher, e a necessidade da mastectomia (cirurgia de retirada total ou parcial da mama) a fragiliza ainda mais, porque mexe com sua autoestima. Neste Dia Mundial do Câncer, a boa notícia é que dá para driblar o problema da aparência, com a oncoplástica mamária, técnica de reconstrução da mama.
O procedimento, preferencialmente, deve ser realizado logo após a cirurgia de retirada do tumor, reduzindo os impactos psicológicos na paciente, além de aproveitar os mesmos cortes. "Quando tira só uma parte e a mama é grande, a glândula mamária pode ser reorganizada para preencher a região do tumor. Se for pequena, pode-se usar gordura ou músculo de algumas regiões do corpo, como fragmentos da musculatura das costas, gordura próxima à axila ou do abdôme", disse o cirurgião plástico Alexandre Mendonça Munhoz, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, com mestrado e doutorado em cirurgia de mama e oncoplastia.
Extrair retalhos de gordura ou músculo deixa algumas cicatrizes, mas é uma ajuda para eliminar também os indesejáveis excessos, assim como em uma plástica convencional. No caso da região do abdôme, o traço é horizontal próximo ao púbis e fica escondido pela calcinha ou biquíni. Nas costas, a marca fica embaixo do sutiã.
Se a mama estiver caída, entra em ação a técnica de suspensão. As incisões são feitas em volta da aréola, no sulco do seio e na horizontal, ligando as outras duas e formando uma âncora.
Silicone
De acordo com o médico, a prótese de silicone fica para último caso quando a perda da mama é pequena. Se a mastectomia for total ou atingir 90%, torna-se uma boa aposta. "Para não interferir na radioterapia, trazendo infecções, por exemplo, é colocada atrás do músculo, enquanto o convencional é atrás da glândula mamária. Não existe maior risco de rejeição, desde que bem indicada e realizada com técnicas atuais e com próteses específicas para cada caso."
O expansor de tecido (prótese vazia) é indicado quando não há a possibilidade de colocar o silicone direto por conta da grande retirada de pele da região. Uma vez por semana, durante um mês e meio, recebe soro fisiológico por meio de uma agulha fina e aumenta de tamanho progressivamente, criando elasticidade sem forçar. "O processo é indolor e feito no consultório." Depois, uma nova intervenção o substitui pela prótese.
Quem quer aproveitar para turbinar os seios pode ter uma ponta de esperança. Em alguns casos, dependendo do tipo de tumor e localização, é possível.
Segunda cirurgia
A realização da oncoplastia junto com a mastectomia não é recomendada para pacientes inseguras ou indecisas quanto à reconstrução; na presença de doenças clínicas graves e não compensadas, como pressão alta e diabetes; em mulheres fumantes graves e quando o diagnóstico de câncer (e da margem livre de segurança) só pode ser confirmado após exames complementares no pós-operatório. Em todas essas situações, deve-se indicar a reconstrução tardia, em uma segunda etapa.
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